Na hora de planejar, é tudo uma maravilha: você pega aquela lista imensa de afazeres, processos, tarefas e afins para tirar a sua empresa do papel. Parece até começo de ano na escola: caderno limpo, letra caprichada e caneta colorida destacando as informações mais importantes que o professor passou.

Saiba Mais

Investidor anjo: recursos além do empréstimo bancário

Seis maneiras de acabar com a sua empresa na crise
O novo Supersimples: o que o dono de pequeno negócio deve saber

Antes das férias de julho – ou alguns meses depois da empresa aberta – está tudo uma bagunça. Se quando éramos criança os problemas eram restritos a uma mochila cheia de folhas e canetas espalhadas, quando se fica mais velho e se cria a própria empresa, os riscos são muito maiores do que uma simples prova de recuperação: podem gerar exposições sérias de sua companhia.

Como o empreendedor é o dono do dinheiro e da empresa, é muito comum misturar conta corrente jurídica e pessoal. Por mais que você não tenha um patrão para ter de justificar seus atos, tem alguém que é muito mais poderoso do que esta figura para a qual você disse adeus: o leão da Receita Federal.

Toda movimentação, empréstimos, repasses, captações recursos, operações de desconto, rendimentos e retiradas mensais realizados pelo sócio de uma microempresa, por exemplo, além de empréstimos efetuado no banco – seja na conta PF ou PJ – devem ser declarados anualmente no Imposto de Renda.

O que é o seu salário deve ser informado como pró-labore na contabilidade de sua empresa. Este é o seu rendimento mensal, que será declarado no seu IR e que não pode estar misturado com a sua conta corrente corporativa.

O mesmo vale para a captação de recursos: no caso de um empréstimo, por exemplo, se tomado de sua conta pessoal no banco, a informação deve constar na Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. Já o que for feito pela sua empresa será inserido na Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ).

Controle-se!

Para evitar que uma continha ou outra acabem se misturando, faça um balanço com todos os movimentos do talão de cheques e outras despesas, com anotações nos canhotos e comprovantes de débito com o seu extrato. Arrume essa sua mochila, digo, suas contas corporativas. Pode parecer besteira, mas evitará um problemão no futuro.

No início pode ser meio complicado, mas tudo é questão de disciplina e criar hábitos. Ainda ficou com dúvidas? Estamos aqui para ajudá-lo. Envie a sua pergunta em nossas redes sociais, ou aqui mesmo nos comentários. Todas as sextas-feiras, o #ClicoResponde. Boa sorte!

Matérias relacionadas:

Fiscal e tributário

VER todos