Pedir ajuda a desconhecidos para emplacar sua empresa parece loucura? Conheça como funciona os sites de arrecadação coletiva

Outro dia, respondi no #ClicoResponde sobre os melhores modelos de financiamentos para empresas. A leitora
Fernanda Cruz  mandou outra pergunta em nosso site ligada ao tema:

“Vi o Clico Responde sobre o melhor crédito para as empresas, mas ouvi dizer que existe algo chamado vaquinha virtual. Como funciona? É confiável?”

Primeiramente, obrigada pela confiança, Fernanda! Este conceito de vaquinha virtual é chamado crowdfunding.

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Imagine chegar em uma roda de pessoas, todas desconhecidas, e pedir a elas que lhe deem dinheiro para investir em sua própria empresa. Parece surreal, não é? Mas é exatamente assim que esta novidade (não tão nova assim) funciona, com a diferença de que em vez de você fazer isso pessoalmente, solicita via sites específicos para isso.

Para conseguir verba, você precisa ter uma ideia bem diferente, que chame a atenção. Quanto mais bacana e melhor for retorno do seu futuro empreendimento à sociedade, maior a chance de você conseguir o valor que necessita.

São diversos sites que promovem este tipo de ação: Catarse e Kickante, apenas para citar aqueles que têm versão em português.

Para explicar o conceito, vou me focar em um exemplo, o do Catarse. Mas você pode procurar o site que mais se adequar ao seu perfil (basta buscar no Google indicações, regras e, claro, ver se há, ou não, reclamações de usuários sobre ele).

No Catarse, por exemplo, desde seu lançamento (17 de janeiro de 2011), mais de R$ 5 milhões já foram repassados para mais de 500 projetos espalhados por todo Brasil. Até agora, mais de 50 mil pessoas já apoiaram algum projeto.

Para chamar a atenção dos apoiadores, além da boa ideia, é preciso montar um vídeo de campanha bem chamativo e interessante, explicando porque as pessoas devem lhe ajudar. Além disso, é necessário criar recompensas para essas pessoas que lhe financiam – pode ser uma cota na empresa, um presente interessante… tanto faz, desde que chame a atenção. Você pode variar, também, por cotas: de tantos a tantos reais investidos, a pessoa ganha um presente. Se superar tal faixa, ganha outro, melhor.

O preponente recebe o dinheiro apenas se o montante total for atingido. É nesta situação que as recompensas devem ser distribuídas. Se o projeto não atingir o valor mínimo, o site devolve o dinheiro a todos os apoiadores – que, por sua vez, não recebem a recompensa.

É preciso estabelecer um prazo máximo para o projeto. No Catarse, ele varia de um a 60 dias.

Fui atrás de informações para entender se este negócio realmente funcionava. Achei uma reportagem no site do UOL contando a história da Metamáquina. Veja que legal este trecho do texto:

“Com o objetivo de fabricar uma impressora 3D no Brasil, mas sem dinheiro suficiente para isso, os amigos Filipe Moura, 30, Felipe Sanches, 29, e Rodrigo Rodrigues da Silva, 27, resolveram apostar no financiamento coletivo para executar seu projeto.Há dois anos, eles pediram R$ 23 mil, em um site que promove “vaquinha virtual”, e conseguiram arrecadar R$ 30 mil. O dinheiro veio de amigos, conhecidos e de outras pessoas que se interessaram pelo projeto. Ao todo, 160 pessoas contribuíram.

E então. Você tem uma ideia legal a ponto de ser financiada por terceiros?

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