Tudo bem que já faz vários meses que a Copa do Mundo acabou, mas a sensação que o 7 x 1 deixou continua vívida na memória de todos nós. Tão vívida que nem preciso explicar do que se trata: todo brasileiro sabe, e reconhece que vai demorar muito tempo para esquecer. Para mim, este foi o maior legado que o evento deixou para o Brasil.

Explico.

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Muitos esperavam que a herança fossem melhorias na infraestrutura mas, no final das contas, este ganho ficou limitado aos novos estádios e às reformas dos principais aeroportos do Brasil, que eram necessárias já há muito tempo.

Já outros falavam que problemas de organização seriam um ensinamento baseado na vergonha. Apesar desse barulho, nunca acreditei que eles estragariam ou impediriam a festa, já que a parca infraestrutura estava totalmente à disposição dos jogos: em dias de competição, houve locais que decretassem feriados ou ampliassem o horário do rodízio de veículos, como ocorreu em São Paulo. Além disso, o país inteiro se preparou para esses quase dois meses de festa, antecipou férias, evitou de marcar reuniões, eventos ou viagens corporativas.

Nós, brasileiros, temos essa coisa de achar que, ao final, tudo dá certo, mesmo se fizermos “nas coxas”, no improviso. E é exatamente esse método de resolver os problemas, que utilizamos dentro e fora de campo durante a Copa, que fica refletido no 7 x 1. A vitória esmagadora da Alemanha sobre o Brasil é a prova de que preparação e transpiração se sobrepõem a qualquer coisa, incluindo talento.

E esse comportamento se reflete em todas as áreas do país. Venho refletindo muito sobre várias tendências que vão exigir uma profunda transformação nossa e do mercado de TI. Entre os exemplos de fazer “mais ou menos” está vender uma solução sem conhecer direito os desafios do cliente. Com a nova dinâmica que vivemos, em que se adquire solução não pela tecnologia em si, mas pelo problema de negócio que se resolve, não é mais aceitável vender sem entender as necessidades de quem compra.

É preciso se especializar e aprofundar nos detalhes, pois são neles que moram os diferenciais. É necessário ser mais Alemanha –preparar-se com mais cuidado, entender como o competidor se posiciona, treinar as melhores táticas em grupo, compreender profundamente o negócio do cliente – antes de chegar para uma reunião. Quem apostar só no talento para vendas continuará amargando, fora de campo, diversos outros 7 x 1. Em qual time você quer jogar?

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