Uma notícia publicada recentemente no blog da Airwatch indica que trocar o notebook por um smartphone ou tablet traz um ganho de agilidade importante para pequenas e médias empresas (PMEs): 2 bilhões de horas, ou US$ 67,5 bilhões ao ano. Os dados foram extraídos pela operadora de telecom AT&T junto a mais de mil pequenos negócios dos Estados Unidos em março deste ano. O estudo aponta que 30% dos respondentes conseguem economizar cinco horas por semana em suas atividades operacionais.

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A experiência de um cliente que tivemos traz para a prática estes números: tratava- se de uma companhia de materiais de construção que mantinha uma grande equipe de representantes comerciais. As reuniões eram amparadas por um notebook e sempre era necessário que o gerente da revenda saísse de seu posto e se sentasse com o vendedor a uma mesa para ver a apresentação. Durante os primeiros minutos da conversa, aguardava-se o computador ligar e o programa abrir. Era uma perda de tempo invisível.

Além disso, muitas vezes, o vendedor se via, no meio do dia, sem bateria e precisava encostar em algum lugar carregar seu computador. Mais horas que se passavam sem produtividade. Nesse projeto equipamos a equipe de campo com tablets. O gerente não precisava mais ir para uma mesa ouvir o que o representante tinha a dizer: as informações eram expostas no local onde ele estivesse no momento, graças à facilidade de manuseio do dispositivo. Não era mais necessário, também, aguardar a lenta iniciação do sistema. O número de reuniões aumentou, porque não havia perda de tempo. A bateria, por sua vez, durava o dia todo e nenhuma reunião era perdida. O retorno sobre investimento (ROI) veio em poucos meses.

Ótimo, não?

Contudo, é fácil ver que há resistência de negócios pequenos em utilizar mobilidade, simplesmente porque existe o mito de que projetos de TI são para empresas de maior porte. Existe uma série de mitos, na verdade. Cito as que vejo com mais recorrência:

Mito 1: Mobilidade é algo caro

Projetos são trabalhados de uma forma escalável. Se você tem um ou dois dispositivos, vai pagar por um ou dois. Se você tem dez mil, o desembolso será por esta quantidade. Simples assim.

Mito 2: Alto investimento inicial

Existe a ideia de que é preciso desembolsar muito dinheiro em infraestrutura para garantir as operações móveis. Também não é verdade: com cloud computing e o modelo de compra como serviço, qualquer custo inicial perde a necessidade.

Mito 3: Conta telefônica nas alturas

Com ferramentas de Mobile Device Maganement (MDM), não é necessário arcar com os altos custos de planos de dados ilimitados. Basta identificar o perfil de consumo necessário para exercer as atividades e bloquear o uso da conexão para entretenimento.

Ainda na pesquisa da AT&T, 94% das companhias reportaram que os empregados usam smartphones para conduzir os negócios em 2014, o que representa um crescimento de 10% sobre o ano anterior. Além disso, mais de metade dos respondentes utilizam aplicativos corporativos, com cerca de 91% concluindo que os apps ajudam a economizar tempo. Dois terços, por sua vez, acreditam que a economia de horas se reverte em dinheiro.

Especialmente para pequenas e médias empresas, qualquer ganho de receita impacta, diretamente, no resultado ao fim do mês. É hora de olhar para o custo invisível da perda de produtividade. Se cinco horas por semana parecerem pouco, multiplique por 52. O total ao ano é de assustar.

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